Elas nunca saem de moda, mas agora estão no auge absoluto da moda. Resgatada por grifes de ponta, como Chanel e Dior, as pérolas voltaram com força redobrada, mas agora com um ar mais atual e moderno. Essa repaginada está transformando a gema no acessório clássico mais fashion da temporada. Também pudera: a gema é o que há de mais elegante e sofisticado na joalheria.
Naturalmente bela, a pérola não precisa de nenhum artifício para mostrar seu esplendor, vem pronta da natureza. Assim que é extraída da ostra já está preparada para se tornar um adorno. Considerada a rainha das gemas, enquanto outras pedras preciosas se destacam pelo brilho, a pérola chama a atenção pela suavidade e nobreza. Está ligada ao feminino, à lua e à água. Representa o princípio Yin, a feminilidade criativa, e também a celebração das bodas de 30 anos.
Na Pérsia antiga era o símbolo da virgindade. É daí que vem o termo “furar a pérola da virgindade”, que está associado à consumação do matrimônio. No Oriente era tida como um poderoso afrodisíaco e também um talismã para quem desejava fecundar. Já os gregos a consideraram sinônimo de amor e casamento, enquanto que chineses e indianos a veneraram como símbolo da imortalidade.
Em meio a tanta simbologia, o fato inegável é que a pérola é um dos maiores ícones da feminilidade. Versátil, pode ser doce, delicada e discreta, ou poderosamente sedutora. As mulheres mais influentes da história sabiamente tiraram partido do poder de sedução da pérola. Cleópatra foi uma das que tornou célebre o poder da gema. A rainha do Egito apostou com Marco Antonio quem iria oferecer o jantar mais caro da história. Para surpresa de todos, Cleópatra apareceu com um prato vazio e um jarro de vinho. Tirou uma pérola de um de seus brincos, esmagou a gema no líquido,e tomou. Nenhum outro jantar poderia ser mais luxuoso do que aquele e a rainha venceu a aposta.
A Rainha Elizabeth também contribuiu para tornar as pérolas mundialmente desejadas. Os longos fios sobrepostos que costumava usar eram a garantia de elegância e feminilidade se tornaram sua marca registrada. No entanto, ninguém a tornou tão popular e desejada quanto Coco Chanel, a grande dama do mundo da moda. Irreverente e despojada, ela considerava o colar de pérolas como protagonista de seus looks. A gema se tornou o complemento ideal para os taillers bem cortados que passaram a vestir as mulheres elegantes e de atitude.
Formação e cultivo
Conhecida do homem há mais de seis mil anos, a pérola foi uma das primeiras gemas utilizadas na joalheria. Quando foi descoberta, sua formação era totalmente natural e por isso era extremamente rara e valiosa. Apenas membros da nobreza e comerciantes muito ricos tinham o privilégio de possuí-la.
Sua formação dependia do acaso, quando por acidente um agente externo (geralmente grãos de areia), penetrava no molusco, a partir da agitação ocasional das águas. Como um mecanismo de defesa, o molusco envolve esse agente irritante com sucessivas camadas de nácar, dando origem à pérola.
Observando a natureza, o homem aprendeu a induzir a formação das pérolas, criando assim as chamadas pérolas cultivadas, cujos aspectos externos são exatamente os mesmos das pérolas naturais. Um núcleo é introduzido cuidadosamente no molusco, fazendo o papel do agente irritante que será recoberto pelo material perlífero. A olho nu é impossível diferenciar uma pérola cultivada de uma natural, pois os aspectos externos de ambas são idênticos.
Graças ao japonês Kokichi Mikimoto a gema se tornou uma preciosidade acessível. Ele foi o pioneiro a desenvolver a técnica do cultivo de pérolas. Obstinado, Mikimoto acabou obtendo os melhores resultados com ostras enxertadas com núcleos feitos de conchas de mariscos americanos, e na costa de Toba encontrou o melhor local para o longo repouso das ostras, que precisam estar vivas para produzir pérolas. No Brasil, as pérolas foram trazidas por Rosa Okubo, que deu início a uma dinastia de grandes joalheiros.
Atualmente as mais vendidas são as chinesas, Biwa e Shell, produzidas em larga escala, cujo preço é bastante convidativo. Elas possibilitam que a consumidora tenha vários colares, de várias cores, tamanhos e comprimentos.
Tipos de Pérolas
Pérola Blister – durante o processo de formação da pérola, eventualmente certos movimentos podem fazer a ostras expelir a gema depois que esta esteja praticamente formada. Algumas podem cair fora da concha e se perder para sempre. Já outras, até mesmo pelo peso, acabam deslizando para baixo do manto. Quando isso acontece, a gema é gradualmente coberta com uma camada de madrepérola e forma-se a pérola blister.
South Sea – é um dos tipos mais cobiçados pelas mulheres, pois são maiores e mais valiosas que as demais. Cultivadas na Austrália, Indonésia e Filipinas, geralmente têm dimensão acima de 10 mm .
Pérolas de Água Doce – as melhores pérolas de água doce são cultivadas no Japão, no lago de Biwa e, em grande escala, na China. Apenas uma ostra pode receber 10 núcleos de uma só vez, porém o núcleo, neste caso, é um fragmento epitelial de uma ostra sadia.
Pérolas Mabe – Criadas em ostras Mabe essas pérolas são formadas sobre a concha da ostra. Em formato redondo ou gota, tem lados irregulares.
Pérolas barrocas – O termo serve para definir pérolas naturais, cultivadas ou falsas com aspecto irregular na superfície.
Pérolas chinesas – A China produz anualmente de 600 a mais de 1.000 toneladas de pérolas cultivadas em água doce. Estas pérolas são encontradas nos mais diversos formatos, inclusive redondas. Existem no mercado pérolas chinesas nos mais diversos formatos e cores. Estas pérolas também são encontradas facetadas e tingidas, por processos industriais.
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Saudações.
Att.